Sem perspectiva de mudança ou afrouxamento das regras do Governo do Estado para o funcionamento dos bares e restaurantes, a Apaflar – Associação Piracicabana de Alimentação Fora do Lar – prevê o fechamento de 40% dos estabelecimentos em Piracicaba nos próximos dois meses, o que pode deixar 2.000 desempregados. Nesta segunda-feira (25), a entidade reuniu os comerciantes do setor para uma carreata na tentativa de sensibilizar o prefeito Luciano Almeida (DEM) para que as restrições do decreto fossem revistas.
Os manifestantes tentaram conversar ontem com o democrata e, como não conseguiram, encaminharam uma carta aberta pedindo tolerância de duas horas antes do fechamento, o que aumentaria o funcionamento até as 22h. No documento, os comerciantes sugerem que o atendimento presencial seja feito aos clientes sentados e em mesas devidamente distanciadas em grupos de até seis pessoas, conforme as normas exigidas pela Vigilância Sanitária. O grupo também defende a abertura aos sábados e domingos, o que para os comerciantes ‘será fundamental para muitos restaurantes, em especial, os localizados na rua do Porto’.

Na carreata de ontem, cerca de 300 participantes tomaram as ruas na região do Centro Cívico. O grupo entregou a carta ao secretário de Governo, Carlos Beltrame, e seguiu para a rua Governador Pedro de Toledo.
“Passamos para o secretário (Beltrame) toda a problemática que o setor vem enfretado, o fechamento às 20h é a mesma coisa que não abrir, pois o pessoal começa a chegar nesse horário, então não há congurência em fechar nesse horário”, afirmou Márcio Martins, presidente da Apaflar.
“Pedimos a tolerância de duas horas mas é pouco provável que a gente consiga isso, o governador está deixando os prefeitos amarrados, algumas cidades que abriram a procuradoria do Estado acabou fechando e alguns prefeitos respondendo criminalmente”, acrescentou.
Martins avaliou a manifestação como positiva e informou que outras possibilidades são estudadas. Diante da dificuldade de ação do prefeito, a Apaflar vai reunir comerciantes e políticos e formar um movimento estadual, com outras associações ligadas ao setor.
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Beto Silva