
Desde ontem (1) a energia elétrica no país é cobrada na bandeira vermelha patamar 2, a mais alta, com custo de com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Anúncio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) feito na segunda (30) revoga decisão de maio que suspendia cobrança por bandeiras devido a pandemia até 31 de dezembro. Nesse cenário, as famílias precisam focar para economizar energia e não comprometer mais o orçamento.
A psicóloga Rossana Rodrigues Silva conta que vai tentar ir além dos hábitos de economia que as cinco pessoas que vivem na casa já têm para que a conta de energia não venha tão mais cara. Ela recebeu com surpresa a notícia. “Não tinha me atentado a esse aumento a partir de dezembro, não é nada bom, pois a pandemia continua, alguns voltaram a trabalhar e outros não, as crianças e adolescentes continuam em casa, o que faz com que o consumo seja maior”, avalia.
De acordo com a Aneel, a decisão precisou ser tomada devido à queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo de energia. A recomendação da Agência é evitar o desperdício. Hábitos que Rossana já pratica.
LEIA MAIS:
- Piracicaba registra dois óbitos por covid-19 nesta quarta-feira (20)
- Canto Alemão: arquiteta dá dicas de como apostar na tendência
- Quebrando o tabu: tricô e crochê estão em alta no verão
- Lewandowski dá 72 horas para Anvisa informar sobre análise da Sputnik
- Não há escassez de oxigênio no Pará, diz governador
“Utilizamos máquina de lavar roupas apenas uma vez na semana. Micro-ondas fica desligado da tomada. Banho rápido na marcação verão ou desligado. Passamos apenas as roupas sociais e uniformes. Não deixamos celular carregando a noite toda.
Trocamos as lâmpadas normais por fluorescentes”, elenca a psicóloga.
O economista Bruno Pissinato explica que o acionamento da bandeira patamar 2 pela Aneel é uma forma de conscientizar que o custo de produção de energia elétrica está maior. “Temos aí, além do consumo aumentando no verão, problemas nos reservatórios de hidrelétricas no centro-oeste, sul e sudeste, as regiões de maior consumo”, lembra.
Para o bolso do consumidor, Pissinato avalia que a energia mais cara será mais um agravante, em um contexto de crise econômica agravada com a pandemia e com os preços altos no supermercado. “Uma das questões da energia elétrica é que ela é utilizada na irrigação, que é usada para produção de alimentos. Então pode, inclusive, encarecer ainda mais o preço dos alimentos”, pontua o economista.
Andressa Mota