Pela primeira vez, desde o início da pandemia de covid-19, Piracicaba completa uma semana sem registro de mortes pela doença. De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica do município, Moisés Taglieta, a situação se deve ao fato de a faixa etária dos infectados ser a mais baixa nesse momento. “Além disso, os serviços e os profissionais de saúde aprenderam melhor como tratar com a doença, principalmente nos casos que demandam mais cuidados e internação hospitalar”, avaliou.
A mudança no quadro, segundo Taglieta, não é uma prerrogativa exclusiva de Piracicaba. O coordenador destacou que essa realidade tem se verificado, praticamente, em todo o mundo.
De acordo com informações da Secretaria de Saúde, em relação aos infectados pela doença, nesta quarta-feira, foram mais 45 pessoas, sendo 21 mulheres (com idade entre três e 75 anos) e 24 homens (entre dois e 59 anos), elevando o número de contaminados para 18.267.
O município também registra 17.344 pessoas recuperadas da doença, 548 pessoas em tratamento, 1161 casos suspeitos e 40.339 casos descartados.
OCUPAÇÃO DE UTI
Se por um lado o numero de mortes e infectados caiu, por outro, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermagem tem apresentado aumento. De acordo com Taglieta, atualmente o percentual de ocupação desses espaços está em 45%, numero considerado alto diante de percentuais menores que a cidade já registrou.
O Estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira 41.601 óbitos e 1.224.744 de casos confirmados do novo coronavírus.
Entre o total de casos diagnosticados de covid-19, 1.084.660 pessoas estão recuperadas, sendo que 131.896 foram internadas e tiveram alta hospitalar.
No Estado, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 56,7% na Grande São Paulo e 49,2% no Estado. O número de pacientes internados é de 9.175, sendo 5.309 em enfermaria e 3.866 em unidades de terapia intensiva, conforme dados desta quarta-feira.
Beto Silva
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