
O secretário de Saúde de Piracicaba, Filemon Silvano, admitiu – durante conversa com vereadores na última sexta-feira – que a cidade possui déficit de médicos para atendimento à população. A informação foi dada aos parlamentares durante avaliação da pandemia de covid-19 na cidade.
O titular da Saúde informou que a gestão Barjas Negri (PSDB) realizou contrato emergencial de até 200 plantonistas por mês para suprir a necessidade do sistema.
“Hoje são 280 por mês e não dá, já fizemos aditivo. A alternativa está sendo deslocar médico de uma unidade para outra, mas isso é uma coisa momentânea. Nas unidades que não têm médico, estamos autorizando os mutirões de fim de semana, para que as pessoas não sejam desassistidas. São atitudes paliativas, sabemos que não é o ideal. Foi feito concurso no final do ano, vamos começar a chamar esses profissionais com extrema urgência para repor esse pessoal, tanto médicos quanto de enfermagem e assistência social”, afirmou o secretário. A secretaria foi questionada ontem sobre o déficit de médicos na rede mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
VACINAÇÃO
Piracicaba está preparada para iniciar a imunização contra a covid-19, com estoque de materiais necessários para a aplicação das doses, segundo o sub-secretário municipal de Saúde, Augusto Muzilli Júnior. “Porém, não sabemos quando, quantas nem como vêm as vacinas, nem o tipo que virá. Assim que chegarem, vamos distribuir. Vai ter um escalonamento de aplicação, primeiro para idosos e profissionais de saúde, até que a cidade inteira seja vacinada. Temos insumos para isso, disposição de material, mas falta a vacina, que ainda não sabemos qual será”, disse Muzilli no encontro com os vereadores.
O médico criticou correntes que atacam a eficácia das vacinas em desenvolvimento. “Se você tomar a vacina, ou vai ter uma doença minimizada ou uma resistência maior e você não pegará. O importante é melhorar a sua resistência em relação à disseminação do vírus.”
Apesar de o Governo do Estado iniciar ontem a distribuição das vacinas para as cidades do interior, a Secretaria de Saúde do Estado informou que não há previsão para chegada do medicamento em Piracicaba. De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, a distribuição ocorre em HCs (hospitais das clínicas) referência e, posteriormente, seguirão para as prefeituras.
Beto Silva
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